Nanã

Nanã

domingo, 19 de agosto de 2012

Nanã Buruku

NANÃ
Dizem que quando Olorum encarregou Oxalá de fazer o mundo e modelar o ser humano, o orixá tentou vários caminhos. Tentou fazer o homem de ar, como ele. Não deu certo, pois o homem logo se desvaneceu.  Tentou fazer de pau, mas a criatura ficou dura. De pedra ainda a tentativa foi pior. Fez de fogo e o homem se consumiu. tentou azeite, água e até vinho de palma, e nada. Foi então que Nanã Burucu veio em seu socorro;apontou para o fundo do lago com seu ibiri, seu cetro e arma, e de lá retirou uma porção de lama. Nanã deu a porção de lama a Oxalá, o barro do fundo da lagoa onde morava ela, a lama sob as águas, que é Nanã. Oxalá criou o homem, o modelou no barro.  Com o sopro de Olorum ele caminhou. com a ajuda dos orixás povoou a Terra.  Mas tem um dia que o homem morre e seu corpo tem que retornar à terra,voltar a natureza de Nanâ Nanã deu a matéria no começo mas quer de volta no final tudo o que é seu.  Em sua passagem pela Terra, foi a primeira Iyabá e a mais vaidosa, em nome da qual desprezou seu filho primogênito com Oxalá, Omulu, por ter nascido com várias doenças de pele. Não admitindo cuidar de uma criança assim, acabou abandonando-o numa praia, Iemanjá o achou abandonado, quase morrendo e o curou e o criou como se fosse sua mãe, dando todo o amor e carinho. Sabendo do que Nanã fez, Oxalá condenou-a a ter mais filhos, os quais nasceriam anormais (Oxumarê, Ewá e Ossaim), e a expulsou do reino, ordenando-lhe que fosse viver num pântano escuro e sombrio, lugar onde pensou em abandonar seu pobre filho, mas desistiu, pois na praia seu filho morreria mais rápido. Nanã é dona de um cajado, o ibiri. Suas roupas parecem banhadas em sangue, Orixá das águas paradas que mata de repente, ela mata uma cabra sem usar faca. É considerada o Orixá mais antigo do mundo. Quando Orunmilá chegou aqui para frutificar a terra, ela aqui já estava. Nanã desconhece o ferro por se tratar de um Orixá da pré-história, anterior à idade do ferro. O termo "nanan" significa raiz, aquela que se encontra no centro da terra. Nanã tornou-se uma das Iyabás mais temidas, tanto que em algumas tribos quando seu nome era pronunciado todos se jogavam ao chão. Senhora das doenças cancerígenas, está sempre ao lado do seu filho Omulu. Protetora dos idosos, desabrigados, doentes e deficientes visuais. É um vodun, segundo alguns pesquisadores, originário de Dassa-Zoumé, é uma velha divindade das águas. Pierre Verger encontrou um Templo Dassa-Zoumé e o sacerdote do seu culto. ERVAS DO ORIXÁ NANÃ BURUQUE
Agapanto: É um vegetal pertencente a Oxalá, Nanã e a Obaluaiê. O branco é de Oxalá e o lilás é da deusa das chuvas e do orixá das endemias e das epidemias. É também aplicado como ornamento em pejis, e banhos dos filhos destes orixás. Não possui uso na medicina popular.
Altéia – Malvarisco: Muito empregada nos banhos de descarrego e na purificação das pedras dos orixá Nanã, Oxum, Oxumaré, Iansã e Iemanjá. Muito prestigiada nos bochechos e gargarejos, nas inflamações da boca e garganta.
Angelim-amargoso – Morcegueira: Pertence a Nanã e Exu. Muito usada em carpintaria, por ser madeira de lei. Folhas e flores são utilizadas nos abô dos filhos de Nanã. As cascas dizem respeito a Exu; elas são aplicadas em banhos fortes de descarrego, com o propósito de destruir os fluidos negativos.
Avenca: Vegetal delicadíssimo e mimoso. Tem emprego nas obrigações de cabeça e nos abô embora ela mereça ser economizada em face de sua delicadeza para ornamento. A medicina popular indica as folhas para debelar catarros brônquios e tosses.
Cedrinho: Este vegetal possui muitas variedades, todas elas pertencentes a deusa das chuvas. Sua aplicação é total na liturgia dos cultos afro-brasileiros. Empregado nas obrigações de cabeça, nos abô, banhos de corpo inteiro e nos de purificação. Excelente abô de ori, tonificador da aura. Em seu uso caseiro combate as disenterias, suas folhas em cozimento em banhos ou chá curam hérnias. É tônico febril rebeldes.
Cipreste: Aplicada nas obrigações de cabeça e nos banhos de purificação e descarrego. A medicina popular indica banhos desta erva para tratar feridas e o chá para curar úlceras.
Gervão: Além de ser folha sagrada de Nanã, também é Xangô. Sem aplicação nas obrigações rituais. A medicina caseira a indica no tratamento das doenças do fígado, levando suas folhas em cozimento adicionando juntamente raízes de erva-tostão. O chá do gervão também debela as doenças dos rins. Manacá: Seu uso ritualístico se limita aos banhos de descarrego. Muito empregada na magia amorosa. Nesse sentido, ela é usada em banhos misturada com girassol e mil-homens. O chá de suas raízes é utilizado pela medicina caseira para facilitar o fluxo menstrual.
Quaresma – Quaresmeira: Esta arvoreta tem aplicação em todas as obrigações de cabeça, nos abô e nos banhos de limpeza e purificação dos filhos da deusa das chuvas. Durante o ritual toda a planta é aproveitada, exceto a raiz. A medicina caseira a indica nos males renais e da bexiga, em chá.
Quitoco: Usada em banhos de descarrego ou limpeza. Para a medicina popular esta erva resolve males do estômago, tumores e abscessos. Internamente é usado o chá, nos tumores aplica-se as folhas socadas.
Arquétipo
São conservadores e presos aos padrões convencionais estabelecidos pelos homens. Passam aos outros a aparência de serem calmos, mudando rapidamente de comportamento, tornando-se guerreiros e agressivos; quando então, podem ser perigosos, o que assusta as pessoas. Levam seu ponto de vista às últimas conseqüências, tornando teimosia. Quando mãe, são apegadas aos filhos e muito protetoras. São ciumentas e possessivas. Exigem atenção e respeito, são pouco alegre e não gostam de muita brincadeiras. Os filhos deste grande Orixá são majestosos e seguros nas ações e procuram sempre o caminho da sabedoria e da justiça.
Qualidade de Nanã
Igbayin
Buruku
Igbónán
Asayio
Asanan
Insele
Tinoloko
Ajaosi
Ìkure
Dia: sábado Data: 26 de Julho (dia dos avós no Brasil) Metal: Latão Cores: Branco e azul ou preto e roxo Comidas: Aberém, mugunzá, mostarda e taioba Símbolos: Ibiri e bradjá Elementos: Águas paradas e lamacentas Região da África: Ex-Daomé Pedra: Ametista Folhas: Folha-da-costa, folha de mostarda, manacá, ojú oro, oxibatá, papoula roxa, quarana Odu que Rege: Odilobá Domínios: Vida e morte, saúde e maternidade Saudação: Salúba!

sábado, 18 de agosto de 2012

Orixás

Mãe das águas salgadas
Texto retirado da internete fonte Wikipédia
Os Orixás
Os Orixás são Divindades Manifestadas por Deus (Olorum), como suas qualidades Divinas.
Para cada qualidade Divina, há um Orixá, uma individualização de Deus, como sua totalidade original, regendo um aspecto ou Estado na Criação.
Dentro desses Estados da criação, existem elementos e sentidos, nos quais se valem as Leis Divinas.
Essas Leis, imutáveis, são o código Supremo da Vida, que mantém o equilíbrio universal do Universo Manifestado.
Os Poderes Divinos, Orixás, são Mistérios, que se traduzem como Poderes (Infinitos) e em Movimento Constante.
Cada Mistério Divino se manifesta no Universo Manifestado como Símbolos, Elementos, Sentidos, Movimentos e Cores como exemplo:
SENTIDOS:
FÉ- A capacidade de congregar seres dentro de um mesmo espaço sob uma afinidade específica (magnetismo)
AMOR- A capacidade de unir seres em pró de uma causa ou sentimento afim.
CONHECIMENTO- A capacidade de expandir a vida sob um aspécto das Infinitas diretrizes do Código da Vida.
JUSTIÇA- A capacidade de gerir com equilíbrio o Universo Manifestado.
LEI- A capacidade de potencializar de uma maneira correta um ou vários aspectos das Leis Divinas (caráter).
EVOLUÇÃO- A capacidade de transpor ou transmutar um ou vários aspectos dentro da Lei Divina.
GERAÇÃO- A capacidade de criar e multiplicar novos meios de evolução dentro do Universo Manifestado (vida).
ELEMENTOS:
CRISTAL
MINERAL
VEGETAL
FOGO
AR
TERRA
ÁGUA
MOVIMENTOS:
CAMINHOS
PASSAGENS
PASSOS
ETC.
SÍMBOLOS:
Triângulo: Simbolo do Equilíbrio e da Sabedoria
Cruz: Símbolo da Fé e da Evoluçãp
Pentagrama: Símbolo da União dos Quatro Elementos Básicos (fogo, água, terra e ar), criando o tempo, ou elemento cristalino.
Hexagrama: Símbolo da Justiça.
Heptagrama ou Setenário: Símbolo da Sagrada Irradiação Sétupla da Vida
Octagrama: Símbolo da União dos Sete Símbolos Sagrados, gerando o Símbolo Maior.
Círculo: Símbolo da Plenitude. Todos os Símbolos se manifestam dentro dele (Todo).
CORES
Branca: Associada a Fé. Todos os elementos se manifestam dentro dela.
Azul-Clara: Asso
ciada a vida. O elemento aquático se manifesta nela.
Azul-Escura: Associado à Lei: O elemento eólico se manifesta nela.
Verde: Associado à Evolução: O elemento vegetal se manifesta nela.
Rosa: Associado ao Amor. O elemento mineral se manifesta nela.
Laranja: Associado à Justiça: O elemento ígneo (fogo) se manifesta nela.
Amarelo. Associado à Lei. O elemento eólico (ar) se manifesta nela.
Vermelho: Associado à Justiça. O elemento ígneo se manifesta nela.
Marrom: Associado à Evolução. O elemento telúrico (terra) se manifesta nela.
Roxo: Associado à Geração. O elemento telúrico se manifesta nela.
Lilás: Associado à Evolução. O elemento telúrico se manifesta nela.
Violeta: Associado à Evolução. O elemento telúrico se manifesta nela.
Magenta: Associado ao Conhecimento. O elemento vegetal se manifesta nela.
Preto: Associado ao Vazio. Nenhum elemento se manifesta nela, pois ela é absorvedora de todas as cores. Cada Orixá é Regente (Manifestador) ou Guardião (Mantenedor) de um Estado na Criação, e de um (ou vários), símbolos, elementos, movimentos, sentidos e cores. Associando os Orixás, temos SENTIDOS FÉ- OXALÁ (MASCULINO), LOGUNÃ (FEMININO) AMOR- OXUM (FEMININO), OXUMARÉ (MASCULINO) CONHECIMENTO- OXÓSSI (MASCULINO), OBÁ (FEMININO) JUSTIÇA- XANGÔ (MASCULINO), EGUNITÁ (FEMININO) LEI- OGUM (MASCULINO), IANSÃ (FEMININO) EVOLUÇÃO- OBALUAIYÊ (MASCULINO), NANÃ BURUQUÊ (FEMININO) GERAÇÃO- IEMANJÁ (FEMININO), OMULU (MASCULINO ELEMENTOS E CORES: OXALÁ- CRISTALINO- BRANCO LOGUNÃ - TEMPO- AZUL ESCURO OXUM- MINERAL- ROSA OXUMARÉ- AQUÁTICO-CRISTALINO- AZUL CLARO OXÓSSI- VEGETAL- VERDE OBÁ- VEGETAL-TELÚRICO- MAGENTA XANGÔ- ÍGNEO (FOGO)- VERMELHO EGUNITÁ- ÍGNEO (FOGO)- LARANJA OGUM- EÓLICO (AR)- VERMELHO/AZUL ESCURO IANSÃ- EÓLICO (AR)- AMARELO/VERMELHO OBALUAIYÊ- TERRA-ÁGUA- VIOLETA NANÃ-BURUQUÊ- ÁGUA-TERRA- LILÁS IEMANJÁ- AQUÁTICO- AZUL CLARO OMULU: TERRA-ÁGUA- ROXO PONTOS DE FORÇA DOS ORIXÁS Cada Orixá, como Regente ou Guardião de um estado na Criação, tem no plano material, locais específicos, chamados PONTOS DE FORÇA, onde seus mistérios divinos fluem com naturalidade, através de Vórtices Especiais, que ligam este plano, às suas REALIDADES DIVINAS. Estes Pontos de Força podem ser tanto utilizados pelos Umbandistas para consagrações de seus médiuns nos Orixás (AMACI) como para oferenda-los (EBÓS).